Unsafe.
Hell is empty and all the devils are here.
sexta-feira, 20 de maio de 2016
O quão difícil, mas prazeroso é ser só.
O grande mal de algumas pessoas do século XXI é; serem completamente sozinhas ou completamente incapazes de serem sozinhas. Explico.
Há uma necessidade inerente em certo tipo de pessoas em estarem o tempo inteiro rodeadas de outras, percebe-se uma total dependência na presença do próximo para se sentirem alegres, felizes, completas. Enfoca-se que não necessariamente as pessoas circunscritas são pessoas íntimas, na falta desta, qualquer semi conhecido é capaz de suprir aquele. Percebe-se o quão manipuladores e agradáveis são este tipo de ser, porém, ao mesmo tempo ficam facilmente irritadas em terem seus objetivos frustrados, e, como se donos do mundo fossem, transformam qualquer mau entendido, ou pior, qualquer vontade que não seja a dela como motivo para fazer guerra. Será que essas pessoas são felizes? Até que ponto ter o vício da presença alheia leva alguém a algum lugar?
Em contrapartida há os solitários por natureza. Este tipo de pessoa nasceu com essa tendência ou foi forçado a exercê-la, por alguma circunstância da vida. Desenvolveram a capacidade de (quase) não se apegarem a ninguém. Gostam da solidão, abraçam-na como amiga, companheira, ou simplesmente acostumaram-se de modo a não fazer esforço para sair dela. São pessoas que chamo de habitadas, conseguem desenvolver os seus sentimentos de uma forma muito mais clara, pensarem nos problemas de forma a realmente resolvê-los, são felizes por serem quem são. Embora pareça contraditório, por ficarem tempo sozinha demais, desenvolvem um tipo de empatia especial. Se importam mais com um bom dia, com um convite, com uma conversa, com a família. Vai ter que ficar sexta a noite, ou o fim de semana todo em casa? Ok, sempre problema para eles, a maior arte destes é transformar o que seria para muitos o fim do mundo em uma oportunidade de fazer algo para sí mesmo. Não estou aqui dizendo que são excluídos socialmente, embora tenham um circulo de amizade bem mais restrito do que uma pessoa rodeada de amigos todo tempo, possuem amigos leais e verdadeiros. São pessoas cheias de presença, pois suportam sua própria presença.
O que quero é tirar uma lição de moral disto tudo, embora um pouco confuso: antes sozinho, feliz e convicto de si mesmo do que muito acompanhado e infeliz!
terça-feira, 19 de agosto de 2014
A noite que virou a mais linda manhã.
domingo, 25 de março de 2012
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Já que o mês é propício ao aparecimento de doenças sem
explicação clínica coerente, seguirei clamando morte ao calor desgraçado. Os
anticorpos entram em recesso coletivo aos verões.
Já que estamos no tempo das lembranças sentimentais, continuarei a sentir falta
das coisinhas, e continuarei a observar as luzinhas que preenchem a cidade.
Em dezembro acontece algo cósmico e o vazio esvazia mais alguns centímetros cúbicos.
Deixarei as pendências todas para o ano que vem e celebrarei esses dias que
faltam com a resignação dos que se enganam facilmente. E eu não tenho plano
nenhum para o ano de dois mil e dez.
Mentira.
Tudo bem se no novo ano eu continuar orgulhosa demais, ciumenta demais, insone
demais e rindo das desgraças: desgraças são amigas e fazem rir.
Sinceramente, eu espero que continue tudo igual. E não menos sinceramente,
espero que tudo mude. Que venha o inusitado, o tal feliz ano novo que faz tanta
gente se juntar, sair por aí abraçando aleatoriamente e estourar fogos a cada
365 dias.
Então, é só isso. eu não vou falar dos meus planos, dos arrependimentos, do
amor, da política que é mesmo uma merda, e lá pelo meio de janeiro eu vou tar
pouco me fudendo se o seu ano vai ser próspero.
Olá, 2010. essa sou eu. - aliás, tente não trazer surpresas demais, certo? você
sabe como costumo não lidar bem com elas quando elas são muito grandes, então
só avise antes do baque. e fique tranqüilo, você será recebido com foguetes.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Contei piadas, cantei tragédias,liguei, não atendi, fiz poemas e não mandei, mandei poemas que não fiz. Escutei músicas que gostava, gostei das músicas que ouvi, desgostei, comentei, calei. Fui a mais ousada, a mais tímida, a mais tua, a única.
Falei de sentimentos, fingi que não sentia. Te mostrei os meus ritmos, entrei na tua dança. Quis você todos os dias, esnobei tua presença. Fui a mais menina, a mais mulher, fui companheira, amiga , fiel conselheira, fui presente, distante,te contei meus segredos, neguei meus abraços. Fui burra. Fiz de tudo pra ser tudo o que sempre quis, de todas as formas, de todos os jeitos.
Ouvi dizer que me amava, quando já não me importava.
domingo, 25 de outubro de 2009
Olha
não sei bem ao certo o que escrever no meu primeiro post.
Estou morrendo de sono, em um fim de tarde de domingo.
Preocupações na cabeça: várias
Não sei o quanto, mas sinto uma nostalgia pertubardora.
Vontade de voltar atrás, de ter aproveitado a madrugada, de ter fugido pra longe, longe de todos, de tudo, de ter ficado só com ele. O cheiro dele, que gruda na minha pele e insiste em me fazer sonhar acordada todas as vezes que respiro. Como eu queria ter olhado um pouco mais em seus olhos, que com uma eficiência perfeita consegue falar tudo o que a boca tenta esconder.
Isso me consome, me suga, me leva, pra longe; em algum lugar dentro de mim que até eu mesma desconheço. Agora, a única coisa que me resta a fazer é esperar.
Esperar até a próxima noite livre, onde eu poderei sair de dentro de mim de novo, deixar minha pele, para poder amar outra vez.